Wednesday, September 24, 2008

Cabo Verde melhora posição no ranking internacional de combate à corrupção
24-09-08

Cabo Verde melhorou em dois lugares no índice global de corrupção, passando da 49ª para a 47ª posição, com 5,1 pontos, posição que partilha com a Costa Rica, Hungria, Jordânia e Malásia. O estudo é da Transparência Internacional e acaba de ser divulgado.
De acordo com a avaliação divulgada esta terça-feira, 23, em Berlim, pela Transparency International a maioria dos países lusófonos, à excepção de Cabo Verde, piorou a sua classificação no índice global de corrupção, que analisa os níveis do fenómeno em 180 países.
O Brasil vem logo a seguir a Cabo Verde entre os estados lusófonos melhor classificados, anota a agência Lusa. A 80ª posição conseguida em 2008, no entanto, revela uma queda de oito posições em relação a 2007, mantendo contudo o mesmo número de pontos (3,5).
Enquanto Moçambique caiu 15 posições na lista e perdeu 0,2 pontos, ocupando agora o 126º lugar, Angola e Guiné-Bissau perderam 11 lugares, ocupando agora a posição 158, uma queda que se registou igualmente na pontuação dos dois países, que passou de 2,2 para 1,9 pontos.
Angola e Guiné-Bissau têm agora a mesma classificação que o Azerbaijão, Burundi, Gâmbia, Congo, Serra Leoa e Venezuela.
Já o Timor-Leste está entre os países onde, segundo a TI, a situação se deterioriou "significativamente" entre 2007 e 2008, tendo registado a pior queda com uma descida de 22 lugares passando da posição 123 para o 145º lugar com 2,2 pontos ao mesmo nível do Cazaquistão e ligeiramente acima de países como o Bangladesh, Quénia ou Rússia.
Na classificação geral Portugal ocupa este ano a 32ª posição com 6,1 pontos, tendo perdido quatro posições e 0,4 pontos em relação ao índice de 2007. Na totalidade dos 180 países, a Dinamarca, Nova Zelândia e Suécia dividem o primeiro lugar como uma pontuação de 9,3 pontos, seguidos de Singapura como 9,2 pontos.
A presidente da Transparency International, Huguette Labelle, destacou os aumentos contínuos dos níveis de corrupção nos países pobres e os constantes escândalos corporativos nos países ricos. "Os aumentos contínuos nos níveis de corrupção e pobreza, que assombram muitas das sociedades do mundo, caminham para um desastre humanitário e não podem ser tolerados. Porém, até mesmo nos países mais privilegiados, onde as sanções são aplicadas de forma perturbadoramente desiguais, o combate à corrupção precisa ser enrijecido", defendeu.
O índice de combate à corrupção, divulgado anualmente, estima o grau de corrupção do sector público percepcionada pelos empresários e analistas dos respectivos países, e está organizada do menos corrupto (1º lugar) para o mais corrupto (180º), a que corresponde uma escala de 10 pontos (livre de corrupção) a zero pontos (muito corrupto).